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Há 50 anos falecia o Coronel José Abílio, ele liderou a política de Bom Conselho por outros 50 anos

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O Cel. José Abílio, nasceu na fazenda mandacaru em 1885, iniciou a vida em Bom Conselho como caixeiro na loja do Cel. Lourenço Lima. Ele entrou Política na disputa entre o Cel. Lívio e Dr. João Valença, em 1909, o Cel. José Abílio apoiou Lívio, foi vitorioso.

O rompimento com Cel. Lívio se deu na campanha dantista de 1911 contra os Rosa e Silva que dominavam Pernambuco há vinte anos, quem os combatia era bomconselhense Dantas. Em Bom Conselho não houve votação. Os dantistas liderados pelo Cel. Abílio e os rosistas liderados pelo Cel. Lívio se bateram por duas horas de tiroteio no dia de eleição. Ninguém foi à rua e não houve votação.

Em 1919 ele foi eleito prefeito como candidato único, fez boa administração reconhecida por todos. Em 1930 após a revolução, o interventor de Pernambuco, Carlos Lima Cavalcante, o acusa de ter traída Manuel Borba e, ao se defender, recebe a resposta de que Borba não estava vivo para confirmar. Meses depois amargando o desprestígio junto ao novo governo, o Coronel encontra uma carta na qual era orientado por Manuel Borba a se aproximar de Estácio Coimbra. No dia seguinte vai ao Recife, leva a carta ao conhecimento do governador e a partir de então, é reconduzido à liderança política de Bom Conselho e orientada a fundar o PSD – Partido Social Democrático.

Certa vez, chamado a fazer as pazes com o governador Carlos Lima Cavalcante. O Governador para iniciar a conversa dizendo: Coronel José Abílio, sempre lhe tratei com distinção e o senhor me passa um telegrama daquele?

No que o Coronel então retrucou: Dr. Carlos, é uma verdade. O senhor sempre me tratou bem, porém, no dia que me telegrafou desfez tudo. Eu, temendo que o senhor se acostumasse a me tratar mal, então respondi o telegrama, dando logo um tiro de misericórdia na questão...”.
A situação foi amenizada por Agamenon Magalhães que também fazia parte da pajelança.
Coronel José Abílio ficou fora da prefeitura, mas sempre teve poder político. Nesse período foi fiscal do antigo Instituto do Açúcar e do Álcool. Morando em Aracajú e sabedor das pretensões de Barbosa Lima Sobrinho de ser governador, escreveu uma carta para ele, então presidente do IAA, dias depois recebeu a notícia de que seria chefe da uma inspetoria do IAA criada em Bom Conselho.
A volta do Cel. José Abílio a Bom Conselho se deu quando Padre Alfredo anunciava a candidatura a prefeito, em 1936. No ato de inscrição da candidatura no Recife, foi proposto acordo para que desistisse, o que repeliu dizendo que iria vencer a eleição, o que de fato aconteceu. Mas, o mundo da política definitivamente não é uma reta e, pouco tempo de depois, um de seus aliados, Agamenon Magalhães vira interventor em Pernambuco o destitui e nomeia um de seus adversários ferrenhos, Josino Vilela, para a prefeitura.
Após de ter sido quatro vezes prefeito, o Coronel disputa e ganha mais duas eleições para deputado estadual 1951 e em 1954, do período de assembleia, o ex-deputado Antônio Geraldo Guedes resume em um dos parágrafos que faz na apresentação do livro “Um coronel do sertão”, dizendo:
É porem frequentador assíduo das secretarias e do Palácio, onde engendra armadilhas para apanhar de surpresa os titulares menos acessíveis. Para si, não pleiteia nada: arranca, entretanto, o que pode em benefício de sua terra… …Dentro dessa filosofia, e,xerce em sua comuna, verdadeiras “funções” de Estado, tornando-se uma espécie de verbo ser, que todo mundo conjuga, ou é levado a conjugar… sob os céus de Bom Conselho
De caixeiro, funcionário do IAA, prefeito por quatro vezes e duas vezes deputado, o Cel. José Abílio, como conta a biografia autorizada não teve vida apenas de sucesso política, teve altos e baixos, por vezes tendo de sair de Bom Conselho, mas sempre firme nos princípios que acreditava e um detalhe: nunca aceitou administrar como interventor a cidade de bom conselho, sempre foi eleito.
Faz 50 anos da morte do Coronel José Abílio. Ele faleceu em 07 de outubro de 1969, quando tinha 84 anos. Sua atuação como líder político e importância para a cidade merecem ser reconhecidas e, como parte da história de nossa cidade, será bom ter as anotações para conhecimento das gerações futuras.
* As informações acerca de fatos e eventos narrados acima tem a fonte no livro “Um Coronel do Sertão”, biografia autorizada, escrita em 1956 por Waldir Bitu.
Francisco Alexandre – Piúta

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