SAÚDE
Reposição de testosterona aumenta o risco de câncer de testículo?

A reposição hormonal feminina costuma gerar muitas dúvidas sobre riscos oncológicos e uma conversa com o médico é fundamental para tirar todas as dúvidas das mulheres sobre o tema.
Nesta mesma linha, o uso de testosterona por homens também merece atenção – especialmente quando se trata da saúde dos testículos. Será que esse hormônio influencia o desenvolvimento de câncer? E homens que já tiveram a doença, podem recorrer à reposição?
O que é o câncer de testículo?
O câncer de testículo tem origem em células germinativas, responsáveis pela produção dos espermatozoides. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), esse tipo de tumor representa cerca de 5% dos cânceres urológicos e apenas 1% de todos os tumores malignos entre os homens. Apesar de raro, é o câncer mais comum entre homens jovens, entre 15 e 35 anos. Entre os principais fatores de risco estão o histórico familiar da doença, síndromes genéticas e condições congênitas, como a criptorquidia (testículo não descendido).
Diferente do câncer de próstata, o câncer de testículo não tem uma relação direta com os níveis de testosterona no organismo. No entanto, o uso excessivo de testosterona sintética, como esteroides anabolizantes, pode causar efeitos adversos importantes, como atrofia testicular, infertilidade e alterações hormonais.
Além disso, a interrupção repentina do uso pode provocar um “efeito rebote”, dificultando ainda mais o equilíbrio hormonal.
E quem já teve câncer de testículo?
A reposição hormonal pode ser considerada, sim — mas exige acompanhamento médico rigoroso. É fundamental que o especialista avalie cuidadosamente os riscos e benefícios em cada caso, especialmente após o tratamento de um câncer testicular.
Alguns sintomas devem servir de sinal de alerta para todos os homens:
- Nódulo ou aumento do testículo;
- Sensação de peso na bolsa escrotal;
- Dor ou desconforto na região.
Caso o homem perceba qualquer alteração nos testículos, é fundamental procurar orientação médica. O diagnóstico precoce faz toda a diferença nos desfechos do tratamento.
Abril é mês de conscientização sobre o câncer de testículo. Precisamos falar sobre fatores de risco, sinais e incentivar o autocuidado!
Camilla Fogassa é oncologista no CEOF em Florianópolis (SC), mestre em Oncologia, especialista em Oncogenética e integrante do Comitê Científico do Instituto Vencer o Câncer
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