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Nordeste lidera a fila do índice de analfabetismo
O IBGE divulgou na semana passada os dados sobre analfabetismo do país. No fim da fila estamos nós da Região Nordeste com os piores indicadores. Das 27 unidades da federação lideramos nove entre os dez piores índices. Dados preocupantes e reveladores de como tem sido tratada essa questão por governos e prefeituras.
Pernambuco ocupa a oitava posição na lista dos piores indicadores com 11,9% de pessoas consideradas analfabetas. Alagoas é o destaque na liderança com mais de 17,2%. Nossa região tem indicadores piores que toda a Região Norte do país, estados com menor infraestrutura, grandes extensões e dificuldades de deslocamento. O Nordeste apresenta uma média de 13,9% de analfabetismo. Isto, no fim do primeiro quarto do Século XXI.
Quando a comparação é com o Sul e o Sudeste temos um abismo de distância. Aqueles Estados apresentam média 3,5% de analfabetismo. Situação que coloca todos eles em posição vantajosa no quesito essencial a qualquer nação ou estado que queira ser grande: a educação.
A justificativa fácil de que eles têm riquezas e são favorecidos por clima ou coisas que tais não é suficiente, nem justifica. Esse argumento se desmonta com facilidade. Para isso, basta lembrar que fomos os primeiros a ser colonizados, aqui tivemos os primeiros centros dinâmicos como Olinda, Recife e Salvador, esta que foi a capital do país até 1808.
Pernambuco foi a principal economia do país até o final do Século IXX, quando perdeu a condição para São Paulo. Entre nós, são comuns expressões que somos o melhor ou o maior, a exemplo de uma propaganda da cidade do Recife que diz: Recife capital do Nordeste. Ou ainda, que temos a maior avenida em linha reta. O maior são João do mundo, o maior carnaval, enfim…
Para o ego é bom. Lembro de um candidato a deputado no ano passado que, na tentativa de se sobressair na miríade do horário eleitoral, dizia: O nosso IGPM – Índice Geral de Pouca Modéstia – é bastante elevado, e é. Contudo, é um modo de avaliar as coisas em nossa volta que parece embotar um olhar acurado sobre nossas necessidades e fragilidades.
Educação é importante e libertária. Um exemplo dos nossos dias é o da Coreia do Sul, país asiático que, há quase 50 anos, adotou um plano de mudar o país a partir da educação. Hoje aquela nação colhe os frutos de um plano bem executado, tornando-a uma referência. Hoje nas nossas casas do fogão ao microcomputador e duas marcas que disputam o mercado de automóveis vêm daquele país.
A nossa realidade é preocupante e precisa ser pensada saída capaz transformar os níveis atuais da educação no Nordeste. A nossa região é rica em potencialidades, o que falta é planejamento consistente para alterar o status quo atual. Pois, a permanecer como estamos, as outras regiões do país continuarão a ter níveis diferenciados de desenvolvimento, enquanto isso, continuaremos perdendo oportunidades e espaço econômico com o consequente aumento de miséria que aflige a todos.
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Por: Piúta |
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