EDUCAÇÃO
O uso do “Todos e Todas” em eventos e reuniões

Já faz algum tempo que eu venho percebendo o uso da expressão “Todos e Todas“, que iniciam os discursos, agradecendo a presença de todas as pessoas, de todos os indivíduos.
Nos últimos dias participei de alguns eventos e percebi o quanto essa expressão está sendo usada, até por reitores de universidades.Todas as canetas e todos os lápis ficam ao dispor de todos e todas, todas as pessoas, todos os indivíduos, e qualquer um ou qualquer uma pode opinar sobre os assuntos expostos, qualquer indivíduo, qualquer pessoa.
Em todos os locais, para todas as assembleias vai se tornando entediante estes usos, estas aplicações, da nossa linguística, do nosso vocabulário. Tudo isso em nome do “movimento feminista”.
Tá certo, o movimento é legítimo, assim como a luta. MAS FALEM PORTUGUÊS! O princípio gramatical do português não herdou do latim o gênero neutro, então cabe ao masculino quebrar o galho nesse papel, abarcando também o feminino.
Eu posso muito bem chegar numa assembleia e saudar aos presentes com um BOA NOITE A TODOS. Pronto, está completa a mensagem, ninguem foi excluído!
Por exemplo: na Bíblia, quando Deus diz que “o homem pecou” ou “todos pecaram”, claramente vemos que Ele se refere ao homem e a mulher. Ou seria Deus um machista?Não existem dois plurais.
Um jornalista e uma jornalista, são, para além de outras coisas, dois jornalistas, duas pessoas, dois indivíduos, dois elementos. Ninguém aprende, na escola, a usar o @ para definir o plural, quando este engloba o masculino e o feminino.
O que me causa maior estranheza é o uso reiterado dessa expressão por professores, de quem se espera uma reflexão sobre o que dizem, afinal, são formadores de opinião. Pois, como disse anteriormente, não dá para dizer que se trata de uma questão de gênero, ou linguagem inclusiva.
Portanto, o “a todos e a todas” é, para mim, um pleonasmo vicioso.Não! Isso não é português! Não é na linguística que há falta de igualdade de direitos entre homens e mulheres, mas sim nas ações, na confiança depositada neles e nelas, que nem sempre reflete a capacidade da pessoa, mas muitas vezes o gênero implicado.
Talvez, quem faz questão de usar essa expressão tenha vários preconceitos e nem se dá conta.O uso desadequado dessas expressões pode até ser visto como ridicularizante, a fazer pouco dos sujeitos, das entidades a quem nos dirigimos. Sendo assim, não ridicularizem os destinatários da vossa mensagem.
Por Jander Freire (Café com opinião)
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