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Com salários atrasados, servidores do RJ relatam depressão e dívidas
Sintomas de depressão falta de dinheiro para o velório de familiares, desenvolvimento de doenças cardíacas e até volta ao trabalho após a aposentadoria. Todas estas situações aconteceram com servidores públicos do Rio de Janeiro desde que o estado, em crise, passou a atrasar e parcelar salários e benefícios. O estado de calamidade foi decretado há um ano, mas o drama dos trabalhadores do setor público estadual continua.
O G1 conversou com algumas pessoas que passam dificuldades para tentar sobreviver enquanto a situação financeira não volta ao normal. E a falta de esperança aparece como “marca registrada” em muitos dos relatos.
Após atuar como auxiliar de enfermagem na secretaria estadual de Saúde por 37 anos, Mariá Casanova, se aposentou no início de 2017. Alguns meses depois e com salários atrasados, ela se viu obrigada a voltar a trabalhar aos 66 anos, desta vez como vendedora ambulante. Ela contou que, mesmo tendo uma “vida miserável”, ela fez questão de voltar a trabalhar.
“Eu estou desde o carnaval vendendo bala. No carnaval aqui na porta eu vendi água, botei o isopor. Vendi água, refrigerante, amendoim, uma porção de coisinhas, desde fevereiro. Eu tenho que dar um jeito. Eu preciso viver, eu gosto da minha vida, mesmo miserável como está, mesmo sofrida”, desabafou a aposentada.
Apesar da disposição para lutar, dona Mariá admitiu que passa por momentos críticos, durante os quais “não sabe de onde tirar forças”. Em sua pior fase de desespero, ela chegou a ficar três dias sem tomar banho. Há pouco mais de um mês, ela perdeu a mãe e não tinha dinheiro para fazer o velório. Além disso, a aposentada relata que desenvolveu doenças cardíacas e passou a tomar remédios tarja preta.
“Para enterrar a minha mãe, a minha amiga Nilceia fez no cartão dela o enterro. O cartão dela vence no dia 15. Eu apelei aos meus amigos, apelei para todo mundo, para os meus amigos dos Bombeiros, do Sepe [Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação], porque eu preciso dar esse dinheiro para ela. São R$ 560 para a minha amiga que cobriu o velório da minha mãe. Eu não tenho dinheiro.”
“Eu me sinto um lixo. Eu trabalhei muito, suei sangue para salvar vida de crianças dentro do Getulinho [Hospital Getúlio Vargas Filhos]. Eu subia morro, descia morro com [pessoas com] metralhadora, mas nessa época eu ainda tinha dignidade. Hoje não tenho respeito, a minha vida foi jogada no lixo”, afirmou.
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