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JOSENILDO BATISTA

A dor da partida, põe na conta de quem?

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Há exatamente 33 anos, essa pessoa que escreve esse texto vivenciava uma triste realidade que ainda hoje existe em muitas cidades, principalmente aqui em Bom Conselho, terminar os estudos, e ter de ir embora para um lugar estranho, distante, em busca de um emprego, sem perspectiva alguma de que conseguiria alcançar seus objetivos.

Naquele tempo, havia uma desculpa plausível para isso, estávamos ainda vivendo na era da “pedra lascada“, não vou aqui me alongar sobre a definição desse termo, mas ele bem definia o atraso em que vivíamos naquele tempo, em todos os sentidos.

Mas, felizmente existia uma coisa que atiçava nossa vontade de vencer na vida, Estudar. E foi graças a dedicação aos estudos, que dezenas, centenas de jovens da época, mesmo sem nenhuma alternativa de progresso local, conseguiram concluir seus cursos, viajar para fora, e daí muitos que ainda hoje vivem, conseguiram seu primeiro emprego, se estabeleceram, edificaram uma família, e hoje são vencedores!

Mas voltando a realidade, apesar dos tempos terem mudado, o progresso chegado a muitos lugares, lamento dizer, mas em Bom Conselho, pouca coisa mudou. Assim como a 33 anos, nossos jovens mesmo apesar de algumas perspectivas de conseguir seu emprego, sabem que a luta para isso chega a ser maior que a de um espermatozoide em busca da fecundação.

Não temos políticas públicas que garantam ao aluno, consecutivamente, ao recém-formado o direito ao primeiro emprego, sequer algum tipo de incentivo por parte da Prefeitura local. Vamos exemplificar:

“No início dos anos 90, mas precisamente no governo Gervásio Cavalcante de Matos, cujo sobrenome por ironia do destino, foi impensadamente dada recentemente a Escola Técnica Estadual de Bom Conselho, O então gestor (1993) teve talvez por iluminação divina, a ideia e o projeto de trazer o Centro Móvel do Senai do Recife para cá”.

(Na foto acima), vemos o momento da entrega dos diplomas de apenas uma das várias turmas de técnicos recém-formados lá naquele ano. Isso foi um enorme avanço para a cidade, pois deu a oportunidade de escolha a vários Cursos diferentes: Mecânica de automóveis, eletroeletrônica, eletrotécnica, radio-tv, Refrigeração e ar condicionado.

Vejam quantas áreas profissionalizantes foram trazidas, ensinadas, e muitos se beneficiaram destes cursos, os quais não fossem a iniciativa da prefeitura, só podiam ser realizados na Capital, Recife, distante mais de 270 Km.

Hoje, ainda trabalho com eletrônica, me profissionalizei na área, e graças a Deus, não precisei mais ter que ir embora da minha cidade, de perto dos meus pais, agora idosos, nem deixar esposa e filhos para trás.

Mas reconheço que essa é uma realidade que muitos vivem, e infelizmente ainda viverão, a menos que surja um governante que pense na Família, na dor causada pela separação, e não é por morte não, é pela necessidade de nossos jovens ter que ir em busca de dias melhores.

Necessidade esta que com um pouco de inteligência e boa vontade dos nossos governantes, se deixassem de pensar apenas no seu bem estar e da sua família, e olhassem com olhos humanos para esse povo sofrido, quem sabe mudaria o cenário das coisas!

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