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Minneapolis ou Recife, abuso e discriminação estão em todos os lugares

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Há doze dias as mobilizações nos Estados Unidos cobram punição para o assassinato de George Floyd, cidadão negro, na cidade de Minneapolis, estrangulado com o joelho de um policial.
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No Brasil, ecoou a morte de Miguel Otávio de 5 anos, no Recife, terça-feira, 02.06, que caiu do nono andar, que estava aos cuidados da patroa de sua mãe. Mirtes, mãe de Miguel, saíra para passear o cachorro da madame, mesmo em tempos de pandemia, com orientação para que todos fiquem em casa. No entanto, a patroa, por certo, nunca reconheceu o direito de a empregada se proteger da doença, mantendo a obrigação de continuar trabalhando.
É possível se perguntar o que tem a ver a morte de um americano com a de uma criança no Recife. Tem muito, estamos falando de uma mãe que deixa o filho – negro como George Floyd – aos cuidados da patroa enquanto levava o cachorro da madame para o passeio matinal, passeio que o próprio filho não tinha direito e, quando volta ao prédio encontra o filho morto por falta de cuidado de quem tinha a obrigação de fazê-lo, como mostraram imagens vindas a público.
Tem a ver porque se trata do que acontece em todos os lugares do país, onde o que sobra para a comunidade negra é o trabalho doméstico (mucamas da atualidade) ou em condições similares à escravidão para mulheres e homens negros, sem possibilidade de migração de classe social. Mirtes, mãe de Miguel, é vítima dessa desigualdade, condenada a sobreviver em empregos sem qualquer regulamentação, trabalhando das sete horas da manhã às dez da noite. Ou ainda o descaso em relação à criança de cinco anos, inocente, que não teve qualquer cuidado da patroa para preservar sua integridade.
Para entender como funciona a discriminação e o racismo é preciso pensar se o caso fosse o inverso e se tratasse da morte do filho de uma madame, branca e bem de postada socialmente, deixado aos cuidados da empregada negra, como Mirtes, enquanto a patroa fosse ao shopping ou ao salão de beleza. O que aconteceria à doméstica? Rápido as fotos estariam nas redes de horror (chamadas de rede social) a ser julgada. Ficaria presa, pois rapidinho diriam que o crime era doloso e não culposo, ou seja, para um negro é fácil tipificar no primeiro tipo de crime, o que dá prisão em flagrante ou ainda por imposição de fiança elevada condenando-o a continuar preso.
        
O Brasil tem mais de 100 milhões de negros. Aqui temos racismo, temos discriminação que dura desde o Império. É visível, mas muitos preferem entender que se vivem num paraíso. Um paraíso assim: brancos vivem em Boa Viagem e negros em Brasília Teimosa; brancos moram em Ipanema e negros na Rocinha, situação como no país, mesmo nas pequenas comunidades, para entender isso, dê um tempo a você mesmo e avalie a disparidade que existe no local onde mora.

Francisco Alexandre
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