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Um em cada quatro senadores que questionaram Moro está sob investigação; alagoano Renan Calheiros é quem mais responde a inquérito

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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, foi questionado por 40 senadores durante nove horas nesta quarta-feira (19). Dez deles, um quarto do total, têm alguma pendência com a Justiça, como apontam dados extraídos de levantamento divulgado pelo Congresso em Foco, como um dos filhos de seu chefe, o presidente Jair Bolsonaro.
Os congressistas fizeram perguntas ao ministro sobre mensagens reveladas pelo site  The Intercept, que indicam proximidade de Moro com o Ministério Público Federal (MPF) à época em que ele era juiz federal e conduzia a Operação Lava Jato. Durante a audiência, Moro disse não haver nada comprometedor nas conversas publicadas, que não lembra se os diálogos ocorreram da forma como foram divulgados e que deixará o cargo se for comprovado que ele cometeu alguma irregularidade. Usou grande parte de suas intervenções para qualificar como criminoso o vazamento das mensagens e de “sensacionalistas” as reportagens do site.
Alguns dos senadores que o inquiriram são citados ou respondem a processos sobre o próprio esquema de corrupção, entre eles o alagoano Renan Calheiros (MDB-AL), alvo de uma dezena de investigações que começaram com a Operação Lava Jato.
A lista também inclui parlamentares investigados por episódios sem nenhuma relação com a Lava Jato, alguns dos quais usaram o microfone apenas para elogiar Moro. Nesse grupo estão Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), acusado de participar de um esquema de apropriação de salário de funcionários de seu antigo gabinete na Assembleia Legislativa do Rio, e Selma Arruda (PSL-MT), que recorre de uma sentença por crime eleitoral na qual foi condenada à perda do mandato. Também aparecem na relação senadores que respondem por crimes de menor gravidade, como questionamento de formalidades no preenchimento de dados no registro da candidatura e calúnia.
Enfrentamento polido
Alvo de 12 inquéritos, quase todos decorrentes da Lava Jato., Renan Calheiros começou sua fala agradecendo a “presteza” de Moro em comparecer ao Congresso sempre que foi requisitado, inclusive para comentar projetos de lei contra a corrupção quando ainda era o magistrado que conduzia a Lava Jato. Em seguida, no entanto, o ex-presidente do Senado afirmou que são “muito graves” os diálogos revelados pelo The Intercept e leu textos opinativos de grandes jornais que atacaram o ministro após os vazamentos. Renan também perguntou se Moro saberia de irregularidades cometidas pelo ex-procurador-geral da República (PGR), Rodrigo Janot. O ministro disse que nunca teve proximidade com o Janot. Em tom próximo do acusatório, Renan também questionou se Moro utilizou a delação premiada antes de o sistema ser regulado no Brasil.
Veja o que há contra os senadores que questionaram Moro e o que eles responderam:
– Renan Calheiros (MDB)
Inquérito 3993 no STF – Corrupção e lavagem de dinheiro
Inquérito 4171 no STF – Corrupção e lavagem de dinheiro
Inquérito 4202  no STF – Peculato e lavagem de dinheiro
Inquérito 4213 no STF – Corrupção e lavagem de dinheiro
Inquérito 4215  no STF – Corrupção e lavagem de dinheiro
Inquérito 4267  no STF – Não informado
Inquérito 4326  no STF – Lavagem de dinheiro e quadrilha
Inquérito 4426  no STF – Não informado
Inquérito 4437 no STF (enviado à Justiça Federal no Distrito Federal) – Não informado
Inquérito 4464 no STF – Não informado
Inquérito 4389 no STF – Não informado
Inquérito 4492 no STF – Corrupção

O que diz o senador: não respondeu à reportagem

– Weverton Rocha (PDT)
Inquérito 3621  no STF (enviado à 4ª Vara Criminal de São Luís) – Crimes da Lei de Licitações
Inquérito 3394 no STF (enviado à Justiça Federal no Distrito Federal) – Corrupção, lavagem de dinheiro e peculato
O que disse a assessoria do senador:
“Sobre esse inquérito, que foi remetido na semana passada a uma vara da Justiça Federal no Maranhão, o senador está muito confiante, pois como a própria ministra Rosa Weber colocou em seu voto, em 2017, não há que se falar em peculato. A situação é a seguinte: quando Roseana Sarney assumiu o governo do Maranhão, promoveu uma perseguição a todos os integrantes do governo Jackson Lago. Um relatório produzido pelo governo dela deu origem a esse processo e a um similar na área cível, do qual o senador já foi absolvido. O TJ do Maranhão declarou inválido o relatório que deu origem ao processo.”
– Flávio Bolsonaro (PSL)
Inquérito 0000014-20.2018.6.19.0000 no TRE-RJ
Falsidade ideológica. O senador também é investigado em inquérito sigiloso na Justiça Federal
O que diz o senador:
“Não tenho qualquer responsabilidade pelas ações de outras pessoas. Se há algum crime na conduta delas, só a Justiça pode dizer. Apenas lamento a insistência de autoridades e de parte da imprensa em fazer ilações fantasiosas contra mim.
Reafirmo que não são verdadeiras as informações vazadas pelo Ministério Público.
Continuo sendo vítima de seguidos e constantes vazamentos de informações contidas em processo que está em segredo de justiça, movimento que deixa evidente a campanha contra mim para atingir o governo de Jair Bolsonaro.
– Fernando Bezerra Coelho (MDB)
Inquérito 4005 no STF – Corrupção e lavagem de dinheiro
Inquérito 4593  no STF (enviado à 4ª Vara Federal de Pernambuco) – Corrupção e lavagem de dinheiro
Inquérito 3707 no STF (17ª Vara Federal de Pernambuco) – Crimes da Lei de Licitações
O que disse o senador: Não respondeu à reportagem
– Humberto Costa (PT)
Inquérito 3985 no STF (enviado à 13ª Vara Federal de Curitiba) – Corrupção e lavagem de dinheiro
O que disse o senador: “Inquérito 3985 – Pedido de arquivamento feito pela PF. Autos remetidos, em 15/08/18, à 13ª Vara Federal de Curitiba.”
– Fabiano Contarato (Rede)
Inquérito 0000025-59.2019.6.08.0052 – Crimes eleitorais
O que disse o senador: “O inquérito é procedimento investigatório administrativo e não há ação penal ou nem sequer denúncia oferecida. Apura eventual incorreção de informações no registro da candidatura. Estamos à disposição em caso de necessidade de esclarecimentos adicionais.
– Roberto Rocha (PSDB)
Inquérito 4610  no STF (enviado ao TRE-MA) – Crimes eleitorais
O que diz o senador, em manifestação encaminhada por sua assessoria: “O senador Roberto Rocha esclarece que a Petição 7417 que tramita no Supremo Tribunal Federal trata-se de uma queixa-crime de caráter privado, sem qualquer interesse e manifestação do Ministério Público Federal.”
– Telmário Mota (Pros)
Inquérito 4296 no STF (enviado ao 1º Juizado de Violência Doméstica de Boa Vista) – Violência doméstica contra a mulher
O que disse o senador: não respondeu
– Selma Arruda (PSL)
Processo 0601616-19.2018.6.11.0000 no TRE-MT – Crimes eleitorais
O que disse a senadora: “O processo nº. 0601616-19.2018.6.11.0000 não é de natureza criminal. Trata-se de AIJE (Ação de Investigação Judicial Eleitoral) de natureza meramente eleitoral, que não investiga crimes, mas apenas supostas irregularidades de campanha. Por fim, ressalto que nenhuma acusação criminal pesa contra a minha pessoa, de forma que tal processo não deve constar na relação deste site.
– Jorge Kajuru (PSB)
Processo 1000439-77.2019.8.26.0050 no TJSP – injúria, calúnia e difamação
O que disse o senador, por meio do seu advogado: “Acabo de tomar conhecimento do teor da presente ação, muito embora já soubesse de sua existência através da imprensa.
Não me cabe aqui antecipar qualquer defesa de mérito a respeito das razões expostas pelo governador de São Paulo João Dória em sua ação criminal posta contra o senador. No entanto, posso adiantar, da rápida leitura da queixa crime, que as ditas ofensas se referem a críticas políticas e comportamentais contra um cidadão que hoje ocupa a governadoria do Estado mais rico do país.
Jorge Kajuru na ocasião respondeu a uma entrevista como senador, e na condição de senador, criticou a atitude que entendeu equivocada do governador, foi duro, áspero, firme como de fato sempre é em todas as suas declarações. Afinal, o senador é um homem quente ou frio. Água morna não serve a ninguém, a não ser as próprias conveniências, por isso tende a ser sempre contundente em qualquer declaração que dê e não foge a nenhuma pergunta.
Muito embora o governador tenha se sentido ofendido, entende primeiro o senador que naquele momento estava sob o manto da imunidade parlamentar; mas não bastasse isso, entende, igualmente que suas palavras apesar de duras não tinham a função de injuriar, caluniar ou difamar a pessoa de João Dória. Foi um direito de opinião que qualquer pessoa tem direito de exercer, inclusive o próprio governador contra o senador.
O que acontece é que o governador fez uma promessa ao paulistano que não cumpriu e isso significa um calo que tem de responder e carregar durante sua vida política. O que deseja com esta ação é intimidar o senador, o que certamente não acontecerá. Sempre que for questionado sobre qualquer assunto ou qualquer pessoa, o senador responderá, pois como ele mesmo diz o povo é o seu único patrão. (Atenciosamente, Dr. Rogerio Paz Lima – Advogado do senador)
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