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Mulher que se passou por homem durante 50 anos pode ser natural de Bom Conselho

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Moradoras de Ituverava (SP), a aposentada Sirlei Costa Domingos e a irmã dela, Marta Lúcia Domingos, contam que conheceram a mulher que se passou por homem durante 50 anos e cujo segredo só foi descoberto após morte em Campo Grande (MS).
Durante um exame no Serviço de Verificação de Óbito (SVO), a médica legista descobriu que o pintor Lourival Bezerra de Sá, de 78 anos, era, na verdade, uma mulher. Há quatro meses, a Polícia Civil tenta descobrir a real identidade da vítima.
O pintor viveu em Ituverava na década de 1970 com a mulher, Maria Olina de Souza Apollo, e uma filha adotiva. Sirlei relembra que a família era muito educada e bastante reservada. A ex-vizinha diz que desconfiava das atitudes de Lourival.
“Ele era um homem, bem mulher. Pelo jeito dele, pelo jeito de conversar, era muito delicado. Estava na cara, ele era muito, muito esquisito. Ele penteava o cabelo para trás – meio esbranquiçado o cabelo – e o jeito dele, a camisa, o jeito de se vestir era esquisito”, afirma.
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Na casa onde Lourival morou, a conta de água continua registrada no nome dele. Sirlei conta que o imóvel pertencia a Joaquim Menezes, mas foi doada à família do pintor. Segundo a aposentada, os dois eram “compadres” e muito próximos.

“Ele morou com essa senhora, só tinha duas crianças na época. Conversava, mas muito pouco, porque ele não dava muita chance de conversa. Até minha mãe ficava na cadeira de rodas e falava ‘Sirlei, esse homem é estranho’. Tinha busto, o jeito de andar era meio jogadão”, diz.
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Marta também afirma que a família do ex-vizinho era muito discreta, mas conta que, certa vez, a mulher do pintor revelou que os dois dormiam em camas separadas. Ao ser questionada sobre a vida íntima do casal, Maria Olina teria desconversado.

“Ele era um cara que conversava com todo mundo, normal. A gente nunca viu nada de anormal nele. Tinha filhos, tinha uma esposa. Ela contou que ele era meio chato, meio esquisito. Mas, só isso, não tinha nada”, afirma.
Atual moradora da casa que pertencia a Lourival, a salgadeira Emiliana Cristina Machado Barbosa conta que a mãe comprou o imóvel em um leilão. Ela diz que não conheceu o pintor, mas ficou surpresa com a descoberta de ele era uma mulher.
“Eu só sei que ele foi dono pelo documento da casa, porque consta o nome dele. Nunca soube. Pelo bairro que a gente morava, ninguém nunca soube. Pelo que eu sei não, sempre morei aqui, nós nascemos e fomos criados na vila, nunca soube de nada”, afirma.
Homem que era mulher
Lourival Bezerra de Sá, de 78 anos, morreu em 5 de outubro de 2018. No atestado de óbito consta “morte natural”, mas, o que era pra ser um corpo, passando pelos trâmites de velório a enterro, se tornou um enigma para as forças policiais de Mato Grosso do Sul.
A médica plantonista do SVO descobriu que, na verdade, tratava-se do corpo de uma mulher. Papiloscopistas coletaram as digitais e a Polícia Civil enviou a documentação para órgãos de todo o país, com a intenção de identificar a pessoa.
Há 35 anos, Lourival morava com uma cuidadora. Ela alegou desconhecer a questão do sexo. Mas, antes de chegar a Campo Grande, o pintor aposentado morou em Cuiabá (MT) e também em Ituverava, onde vivia com Maria Olina.
Em Campo Grande, Lourival trabalhou como pintor de paredes, corretor de imóveis e chegou a abrir uma empresa. Nos últimos tempos eram médium em um centro espírita. Na cidade viveu com a cuidadora, mas, segundo a Polícia Civil, nunca existiu relação entre o casal.
Exames feitos no corpo de Lourival apontam que foram encontradas lesões na pele, na região das mamas, que são compatíveis e características de que ele usava faixas ou outras roupas apertadas com o objetivo de disfarçar a presença das mamas.
Muito reservado e mesmo com problemas de saúde, Lourival não gostava de médicos. Ele também evitava usar shorts ou camisetas e só tomava banho de portas fechadas. O pintor também dizia ter perdido os principais documentos, e carregava consigo apenas um CPF.

Investigação
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Lourival dizia para vizinhos e amigos que era de Palmeira dos Índios (AL). O nome da cidade, inclusive, consta na certidão de nascimento de uma das filhas, Glaydiany Apollo de Sá, nascida na Santa Casa de Ituverava em 27 de dezembro de 1979.

Mas, dias antes de morrer, o pintor contou à cuidadora que sua verdadeira identidade seria Enedina Maria de Jesus que teria nascido em Bom Conselho (PE), filha de Cícero Gomes da Silva e Tertuliana Maria de Jesus.
Agora, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul tenta descobrir quem foi, de fato, Lourival Bezerra de Sá, a mulher que se fez passar por homem. As impressões digitais coletadas do corpo foram enviadas para todo o país.
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