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TRIBUNA LIVRE: Ver, ouvir e calar. Vida folgada terá.

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José Roberto Pereira
Em 1967, morava eu na querida Palmeira dos Índios, estudava o 2º científico no Colégio Pio XII, trabalhava na Rádio Sampaio, no setor de esporte jornalismo. Tinha 17 anos e a partir desta data não mais pedi um real ao meu pai João Costa.
Nesta época havia um pistoleiro em cada esquina de Palmeira como Zé Crispin, Zé Gago, Cobra-Verde, dentre outros. Conheci pessoalmente todos eles, principalmente o Cobra-Verde que sempre ia até a rádio pedir música e conversar.
O Cobra-Verde foi contratado por um político alagoano para matar o Deputado Federal por Alagoas, o Oséas Cardoso que por motivos políticos estava morando em Salvador. Era o Federal de toda nossa família. Eu o conheci morando na Praça do Pirulito, ao lado do mercado em Maceió. Homem sério, amigo dos amigos, o Oséas Cardoso não tinha pistoleiro. Suas vendetas ele resolvia sozinho. O Oséas Cardoso era muito amigo do Padre Alfredo Dâmaso. A Gazeta, através do Luiz Clério, divulgou há algum tempo o discurso feito na Câmara dos Deputados pelo Federal Oséas Cardoso homenageando o nosso Augusto Padre Alfredo quando do seu falecimento.
Voltando ao Cobra-Verde, uma vez conversando com ele, e na curiosidade do jornalista adolescente quis saber um pouco sobre sua vida, etc. Olhando diretamente nos olhos falou o Cobra- Verde: “Zé, vou lhe dar um conselho para a sua vida. O homem só pode viver em todo canto e ser querido pela maioria dentro da máxima: VER, OUVIR E CALAR! VIDA FOLGADA TERÁ…” palavras sábias do Cobra-Verde.
Contratado para matar o Oséas Cardoso, o Cobra recebeu o dinheiro e foi até Salvador. Bateu palmas e ficou na calçada esperando. Oséas, macaco velho, atendeu a porta de pijama e com uma 45 no bolso. Olhares foram trocados e falou o Cobra-Verde: “Deputado, não se mata um homem como o senhor. Vim até aqui fazer o serviço a mando de fulano, já recebi o dinheiro e não sei o que fazer. O Oséas Cardoso orientou Cobra-Verde a ir morar em Brasília, fez uma carta de apresentação, e deu dinheiro. O Cobra-Verde não seguiu o conselho de Oséas Cardoso. Voltou para Palmeira e foi morto a tiros numa boate na zona da Cafurna em Palmeira.
Procurei seguir este conselho e a vida mostra a cada dia esta sapiência.

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