Siga-nos nas Redes Sociais


ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Violência no sertão de Alagoas é destaque em matéria nacional

Publicado

dia:

rep1-3610501

Desde o início da tarde desta quinta-feira (9), os órgãos públicos de Batalha, no sertão alagoano, estão de portas fechadas. A cidade está com ruas quase vazias e ocupadas por mais de 50 policiais.
Tudo isso foi causado pela tensão e pelo medo da população após o assassinato do vereador Adelmo Rodrigues de Melo, o Neguinho Boiadeiro (PSD), ocorrido na porta da Câmara Municipal naquele dia.
Mais do que um tradicional crime de mando em Alagoas, o caso incendiou de vez uma das rixas políticas mais conhecidas do interior do Estado, envolvendo as famílias Dantas e Boiadeiro, e que já teria resultado em pelo menos seis mortes em 18 anos.
rep6-5923968

Hoje, Batalha é comandada por Marina Dantas (PMDB), mulher do ex-prefeito Paulo Dantas e nora do presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas, Luiz Dantas (PMDB). Já os Boiadeiro têm uma atuação mais tímida na política: além de eleger Neguinho em Batalha, o outro político é Zé de Laércio, vereador na cidade de Craíbas.
O crime da quinta-feira foi praticado por dois homens que usaram pistolas de uso restrito de forças policiais. Eles esperaram o vereador sair do prédio da Câmara e entrar no carro para atirar.
Neguinho morreu minutos depois. Os criminosos também acertaram outras duas pessoas que estavam no carro. Elas sobreviveram e não correm mais risco de morte.
O clima pesou. Logo ao saber do atentado que vitimou o pai, José Marcio de Melo, conhecido como “Baixinho”, pegou uma arma e foi até a casa de José Emílio Dantas supostamente vingar a morte.
Emílio estava armado e reagiu. Houve troca de tiros, e Emílio foi atingido no ombro. Como havia gente ferida do “lado rival” nos hospitais de Batalha e de Arapiraca (a 50 km de Batalha), ele foi socorrido de helicóptero e levado até Maceió, onde foi atendido no Hospital Geral do Estado, e passa bem.
“Baixinho” foi indiciado na sexta (10) e teve a prisão preventiva decretada, mas ainda é procurado pela polícia.
O UOL visitou a casa da troca de tiros na sexta-feira e encontrou o local aberto, já que o portão arrombado foi retirado para conserto. As marcas de tiros, de vidros quebrados e de manchas de sangue no chão denunciavam o cenário de batalha que ocorrera ali horas antes.
Por conta do clima de tensão, integrantes da família Dantas foram retirados de Batalha pela polícia. Segundo apurou o UOL, eles devem se ausentar da cidade por pelo menos cinco dias.
rep3-6164987

O corpo de Neguinho Boiadeiro foi trasladado sob escolta policial até Craíbas, cidade próxima a Batalha e onde a família tem uma fazenda.
Centenas de pessoas participaram do velório e do enterro, ocorrido na tarde de sexta. Muitos políticos alagoanos também foram ao sepultamento ou visitaram a família.
A viúva, Mércia Boiadeiro, precisou ser amparada por familiares próximos. Muitos carros e militares estavam espalhados por todo o trajeto do cortejo, desde a fazenda até o cemitério.
Quase duas décadas de mortes
“Baixinho” foi indiciado na sexta (10) e teve a prisão preventiva decretada, mas ainda é procurado pela polícia.
O UOL visitou a casa da troca de tiros na sexta-feira e encontrou o local aberto, já que o portão arrombado foi retirado para conserto. As marcas de tiros, de vidros quebrados e de manchas de sangue no chão denunciavam o cenário de batalha que ocorrera ali horas antes.
Por conta do clima de tensão, integrantes da família Dantas foram retirados de Batalha pela polícia. Segundo apurou o UOL, eles devem se ausentar da cidade por pelo menos cinco dias.
O corpo de Neguinho Boiadeiro foi trasladado sob escolta policial até Craíbas, cidade próxima a Batalha e onde a família tem uma fazenda.
Centenas de pessoas participaram do velório e do enterro, ocorrido na tarde de sexta. Muitos políticos alagoanos também foram ao sepultamento ou visitaram a família.
A viúva, Mércia Boiadeiro, precisou ser amparada por familiares próximos. Muitos carros e militares estavam espalhados por todo o trajeto do cortejo, desde a fazenda até o cemitério.
Quase duas décadas de mortes
rep2-4409141

O filho de Neguinho Boiadeiro, José Anselmo de Melo, conhecido “Preto Boiadeiro”, diz que a família não tem dúvidas de quem ordenou a morte de seu pai: a prefeita de Batalha, o marido dela e um policial que é filho de uma das vítimas do crime praticado pelo seu primo.
“Não é suspeita, tenho certeza. Eles queriam atingir a família Boiadeiro, e meu pai era o mais dócil, o que andava só. Mataram para atingir a gente”, afirmou ao UOL durante o velório do pai.
“O que ocorreu: um primo meu matou um pessoal deles em 2006, e eles mataram meu primo. Nós nunca imaginávamos que iam pegar meu pai, que nunca fez mal a ninguém. Foi a pessoa mais errada do mundo que mataram”, disse.
O delegado Cícero Lima, que coordena a comissão de delegados nomeada para investigação dos crimes, afirmou que a disputa familiar é apenas uma das linhas de investigação e que somente ao fim da apuração poderá apontar autores materiais e intelectuais do crime. “Estamos trabalhando duro, ouvindo depoimentos, mas para crime de assassinato é difícil pessoas testemunharem. Mas por ora nenhuma linha pode ser descartada”, explicou.
Para a família, por envolver políticos influentes locais, o caso deveria ser federalizado. A SSP informou que está descartada essa hipótese e que uma comissão de delegados vai investigar o caso.
Clique e Comente

Você precisa estar logado para postar um comentário Entrar

Deixe uma resposta

ACESSOS DA PÁGINA

contador de visitas online

V-LINK FIBRA

SUNDOWN PARK

ENTRE E CONHEÇA

Apresentação vCardPRO Digital

JB NO YOUTUBE

Siga o JB no Facebook

Assinar blog por e-mail

Digite seu endereço de e-mail para assinar este blog e receber notificações de novas publicações por e-mail.

Junte-se a 951 outros assinantes

MAIS LIDAS DO MÊS