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Êxodo de 60 mil rohingyas de Mianmar provoca alerta de catástrofe humanitária

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Quase 400 pessoas já morreram nos recentes confrontos entre o Exército de Mianmar e militantes rebeldes da minoria muçulmana rohingya, que já duram mais de uma semana e configuram a situação como o surto de violência mais mortal contra o grupo étnico em décadas. Segundo a ONU, entre 25 e 31 de agosto, quase 60 mil rohingyas fugiram rumo ao vizinho Bangladesh: 38 mil já cruzaram a fronteira, e outros 20 mil estão presos em zonas desocupadas na divisa entre os dois países. A organização alerta para uma iminente catástrofe humanitária.
A onda de violência começou em 25 de agosto, quando insurgentes armados com facas e bombas caseiras do Exército da Salvação Rohingya de Arakan (Arsa, na sigla em inglês) atacaram mais de 30 postos policiais no estado, matando 13 agentes de segurança, segundo o governo birmanês. Desde então, o contra-ataque do Exército de Mianmar matou cerca de 370 rohingyas. Os relatos dos dois lados entram em confronto. Há registros oficiais de 14 civis e duas autoridades mortas. Os militares sustentam que estão conduzindo operações de limpeza contra “terroristas extremistas” para proteger civis, enquanto os rohingyas em fuga afirmam que uma campanha de assassinatos e incêndios criminosos os força a deixar a região. O governo acusa os rebeldes de terem incendiado 2.300 casas, mas os rohingyas alegam que foram as tropas do Exército que atacaram. A imprensa não tem acesso à região.
— Estão espancando, atirando na gente e nos matando a machadadas — contou à CNN a refugiada Hamida Begum, que deixou tudo para trás numa fuga desesperada pela vida. — Muitas pessoas foram assassinadas. Muitas mulheres foram estupradas e mortas. Somos muito pobres. Meu marido era trabalhador diarista.
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O governo de Mianmar considera os rohingyas imigrantes ilegais de Bangladesh, e rejeita a concessão de cidadania ao grupo, que alega ocupar a região há gerações e acusa as autoridades birmanesas de perseguição. Os rohingyas, muçulmanos sunitas, falam um dialeto de origem bengalesa utilizado no Sudeste de Bangladesh, de onde são originários. O tratamento aos cerca de 1,1 milhão deles que moram majoritariamente em campos de refugiados em Mianmar — país de maioria budista — é o maior desafio enfrentado pela líder nacional e Prêmio Nobel da paz Aung San Suu Kyi, acusada por países ocidentais de não se manifestar em defesa da minoria.

Paralelamente, várias organizações de ajuda humanitária acusam o Exército de ter cometido uma nova matança na localidade de Chut Pyin. A ONG local Fortify Rights obteve o relato de sobreviventes que falam de uma chacina que teria durado cinco horas. Chris Lewa, do projeto Arakan, organização de defesa dos direitos dos rohingyas, disse que forças de segurança acompanhadas por colonos da etnia rakhine queimaram casas e atiraram contra os rohingyas que fugiam do povoado no domingo passado.
— Segundo uma lista que pudemos estabelecer, 130 pessoas morreram, entre elas mulheres e crianças — afirma Lewa.
O Globo 
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