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A POLÊMICA QUE ENVOLVE FORROZEIROS E BREGANEJOS E A NOSSA OPINIÃO BASEADA NA CULTURA NORDESTINA

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Cresce a cada dia a polêmica em torno das declarações de cantores de forró pé de serra sobre a inserção do breganejo em festas tipicamente nordestinas como é o caso do São João de caruaru e Campina Grande na Paraíba.
Recentemente a cantora Elba Ramalho fez declarações incisivas sobre a maneira como ela encara essa mesclagem que vem sendo feita há anos em várias cidades nordestinas, e que segundo a cantora, vem ocupando o lugar de artistas consagrados do nordeste. Essa declaração causou uma polêmica danada nas redes sociais e amplamente divulgado em outros meios de comunicação como rádio e TV.

Outro cantor que se pronunciou indignado foi Alcimar Monteiro. Segundo ele, em declaração referente à cantora Marília Mendonça: “Sua música é horrorosa! Você não está com nada, entendeu? Você canta para cachaceiro. Eu canto para família, para as crianças, para os velhos, eu sou descendente de Luiz Gonzaga. Nos respeite, entendeu? Não fale mal de Elba Ramalho, que você não tem autoridade para isso, entendeu? Deixa a gente em paz, vão se danar.”

O problema na verdade não é do cantor que vem se apresentar aqui no nordeste e em festas típicas nordestinas. Eles não tem culpa de serem contratados para tal finalidade. O problema é que na maioria dos casos aqueles que contratam essa modalidade de música não entendem nada de CULTURA e muito menos da Cultura Nordestina. Outra coisa, não é só o São João que vem sendo contaminado com outros estilos musicais, o carnaval também!

Então a coisa funciona assim por aqui: No Carnaval ao invés de se tocar marchinhas com acompanhamento de bandas e orquestras de frevo ou coisa do gênero, ouve-se brega, contrata-se cantores do brega e da música da safadeza. Em Bom Conselho, não fosse a luta constante do “Carnaval de Zé Puluca” em resgatar o verdadeiro carnaval de Rua 100% frevo, a geração mais nova não saberia e nem conseguiria entender a essência cultural do que realmente é o carnaval Pernambucano.

Já no São João tipicamente Nordestino, ao invés do forró pé de serra, onde brilha a estrela de Alcimar Monteiro, Jorge de Altinho, Flávio José, Santana, Assisão e outros, contratam-se cantores dos estilos brega e Sertanejo Universitário, quando não fazem pior, contratam os chamados “MCs” para comandar uma noite de forró. NADA A VER! Tá tudo errado. Cada coisa no seu devido lugar. Cabe aos gestores municipais a capacidade e a sensibilidade desde a nomeação e escolha de um secretário de cultura, que este tenha pleno conhecimento da cultura local e regional e que zele pela continuidade dos valores que esta cultura exige. Se não tem conhecimento, estuda. Pra isso existem os livros!

Agora, existem Secretários de cultura que não sabem nem o que é cultura! E Secretarias de cultura que pouco ou nada fazem pela cultura da cidade ou do estado. E um povo que também não entende de Cultura ou algo relacionado com Cultura Local. Ai amigo, não tem jeito, a coisa não vai funcionar! E essa conversa de que tem espaço pra todos, não cola. cada coisa no seu devido lugar. Agora, existem lugares que por terem pleno conhecimento de estilos musicais e qual o público que cada um carrega, fazem o chamado “Semana Cultural”, O que isso significa? Uma semana voltada para apresentações musicais, onde cada dia há uma apresentação de determinado estilo musical. Exemplo: Um dia Rock, o outro MPB, já no dia seguinte Sertanejo, e dai por diante. Dessa forma atende-se todos os movimentos e a todos os públicos e principalmente, evita-se misturar as coisas. Mas como eu falei anteriormente, para isso é preciso conhecimento e capacidade para se fazer as coisas. Isso não só aqui, mas em qualquer lugar neste pais e no mundo!
 Da nossa redação

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