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O IMPÉRIO DA CORRUPÇÃO!
A corrupção no Brasil foi sempre uma força tão poderosa quanto o capitalismo e tráfico de drogas, e tem sido uma das maiores causas de esfacelamento da democracia, e trazendo sempre, mais miséria do povo.
O nosso país já nasceu sob o império dessa conduta criminosa, pois desde o descobrimento a corrupção era disseminada pelos nossos colonizadores. Ainda nem existia a nação brasileira, e já era a nossa “terra” apenas e meramente fornecedora de matéria-prima, fonte de enriquecimento fácil para os que aqui vinham apenas com a ambição de fazer fortuna e voltar a Europa.
Cerimônia de beija-mão na corte de D.João VI, em que os súditos faziam pedidos ao monarca
No período colonial, o contrabando era levado a efeito por estrangeiros auxiliados pelos nativos, e a sonegação de tributos a Coroa, duas espécies de delitos facilmente praticados. O Rei de Portugal pretendeu até utilizar os Tribunais da Inquisição, para punir os acusados de traição a Corte, entretanto, o Santo Ofício nunca deu importância. Roma tinha uma grande preocupação, aproveitar-se de falsas acusações com o objetivo vil de confiscar os bens de acusados e de suas famílias que nada podiam fazer senão deixar-se expropriar pela Igreja e pelo Estado. Uma forma de corrupção criminosa que já imperava no mundo e também em nosso território.
E no Brasil independente em sua fase imperial, a ladroagem não foi eliminada, pelo contrário, os ladrões públicos, encontraram novas formas, e já não mais faziam o contrabando, mas sim a corrupção refinada, praticada por nobres e ministros, que se encarregavam de privilegiar parentes em negociações, lesando os cofres públicos e contribuindo para mais rapidamente para derrubar o Império.
Com o advento da República pouca coisa mudou, a não ser para pior. Os chamados “coronéis”, figura criada durante o Império, se fortaleceu ainda mais, pois os próprios Presidentes, ou seus Ministros e auxiliares mais próximos, firmavam pactos com os ‘manda-chuvas’ locais. Reconheciam a autoridade do Chefe de Estado e garantiam-lhe votos nas eleições e, sempre ouviam os “coronéis” para quaisquer nomeações. Nessa época a classe dos funcionários públicos cresceu, incentivada como solução para o crescente nível de desemprego e por ser a melhor moeda de troca para os políticos.
A promessa de moralização foi bandeira permanente na sucessão de Presidentes, passaram por nossa História Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros, João Goulart e tantos outros. Todos trouxeram promessas de moralização da Administração Pública, porém, nada avançaram de concreto, só conseguiram aumentar ainda mais a ladroagem, não por má-fé, mais pela falta de apoio e determinação para enfrentar o império da corrupção.
Durante a ditadura os militares tomaram o Poder prometendo extirpar os “subversivos” e a “corrupção”. Os “subversivos” eram quaisquer pessoas que tentassem expressar posicionamentos ideológicos diversos do Governo e quanto a “cruzada contra a corrupção” servira apenas como pretexto para fortalecer o novo sistema e para a prática das barbáries mais diversas que se seguiram.
O regime de exceção em que se encontrava o país só favorecia a ampliação dos abusos, pois o poder se concentrava nas mãos de poucos e o princípio da publicidade só era lembrado para favorecer o Governo e seus partidários. Em 1972, no Governo Médici, chegou-se ao cúmulo de proibir-se qualquer publicação que trouxesse notícias negativas sobre instituições financeiras que operassem no Mercado de Capitais.
Na década de 80 a abertura democrática finalmente chegou e Tancredo Neves se transformou na mais nova promessa de moralização do país, porém não pode viver para tentar concretizá-la, sucedendo-o José Sarney, que teve a sua administração marcada pela proliferação das CPI’s.
A nação desmoralizada pelo péssimo comportamento de seus políticos e eis que surge o “caçador de marajás”, prometendo erradicar as mordomias de funcionários públicos e prometendo moralizar o Governo, enfim queria ser uma espécie de Hobbin-Hood das Alagoas. Uma vez eleito, a queda nos níveis de inflação o notabilizaram por certo tempo, até que fossem denunciadas suas falcatruas e passasse para a História como o primeiro Presidente brasileiro a perder o mandato em decorrência do “impeachment”.
A era de Fernando Henrique foi marcada pela venda das estatais, que deixou muita gente rica e pelo “toma lá dá cá” no Congresso Nacional. Igual a hoje.
Recordando, pois, a história de nosso país pode-se chegar a conclusão de que o problema está com o nosso povo, que somos um povo destinado a ser lesado, que somos por natureza seres corrompidos, e quando não corrompidos, totalmente apáticos, pois não reagimos ao que nos acontece.
Temos sido historicamente usurpados, entretanto, o império da corrupção não é um mal que esteja apenas em nosso país, está em todas as nações, está onde estiver o poder, pois é dele que sobrevive, e é com ele que aumenta mais ainda suas dimensões.
Escreveu Carlos Fernando Priess – Advogado – Itajaí SC.
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