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Família de jovem assassinada por PM nega envolvimento em crime.
Familiares da jovem Dayany Crystine Pinheiro Santos, morta na última sexta-feira (05), durante uma operação da Polícia Militar no Conjunto Virgem dos Pobres, no bairro do Vergel, em Maceió contestam a versão apresentada por um veículo de comunicação de Alagoas, que afirma que a garota de 21 anos tinha envolvimento com drogas.
Segundo a mãe de Dayany, Kelly Cristina da Silva Pinheiro de Souza, a jovem nunca teve nenhuma passagem pela polícia. “Eu fui à Central de Flagrantes e nada consta contra minha filha. Ele [o apresentador do programa de TV] disse que ela era mulher de bandido, e que mulher de bandido tinha que morrer, e eu quero mostrar que minha filha não era bandida nem mulher de bandido. E ainda que ela fosse, isso não dá o direito de ninguém chegar e matar todo mundo”, desabafou a mãe da vítima.
Kelly também negou a informação de que a jovem estaria grávida, conforme informaram moradores da comunidade onde ela morava. “Se ela estava, eu não estou sabendo, mas o laudo do IML vai dizer”, disse. De acordo com a mãe, Dayany estava morando no conjunto há pouco tempo, com uma amiga chamada Bianca.
Dayany Pinheiro foi baleada na perna esquerda na sexta-feira e faleceu no sábado, no Hospital Geral do Estado (HGE). Após receberem a notícia da morte da jovem, moradores da comunidade realizaram um protesto que terminou em confronto com a polícia. Segundo testemunhas, manifestantes e também a família da vítima, ela teria saído para comprar uma quentinha, sendo abordada ao voltar para casa.
“Disseram que tinham pego ela com bolsas de droga, mas minha filha simplesmente tinha ido comprar uma quentinha. O pessoal da rua me falou que dois jovens passaram brincando com petecas, e um dos policiais se assustou e atirou. Não posso afirmar como foi o tiro, se foi sem querer, até porque eu não estava lá, só quero saber o motivo da morte da minha filha”, afirmou Kelly Cristina.
A mãe de Dayany declarou em entrevista ao TNH1 que pretende acionar a justiça no caso. “Pode ser quem for, se não provar [o envolvimento da jovem com o crime] eu vou entrar com um processo. Eu quero justiça, porque minha filha não era ‘uma qualquer’. Ela poderia até estar num lugar que não deveria estar, mas ninguém tem provas contra ela, de que ela estava armada ou com drogas. Estão acusando uma pessoa que não pode mais se defender”, disse.
A assessoria da Polícia Militar informou que “assim como em qualquer denúncia, a Corregedoria da Polícia Militar vai abrir um processo administrativo para averiguação dos fatos e devidas providências”.
fonte:tnh1
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