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Por que a Rússia invadiu a Ucrânia

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Ucrânia é uma ex-república soviética, tem laços sociais e culturais com a Rússia, e o russo é amplamente falado por ucranianos. Além de fazer fronteira com os russos, a Ucrânia também é vizinha da União Europeia. E a possibilidade de aproximação da Ucrânia com instituições europeias e a Otan aumentou ainda mais a tensão entre os dois países.

A Rússia e a Ucrânia vivem uma antiga história de conflitos. Ao longo dos séculos, a Ucrânia fez parte de impérios, sofreu inúmeras invasões, foi incorporada pelos russos e pelos soviéticos, se tornou independente, mas nunca resolveu por completo sua relação com a Rússia.

Entre os principais motivos para a invasão da Ucrânia pela Rússia, estão:

  • Conflitos separatistas no leste da Ucrânia — nas províncias de Donetsk e Luhansk, reconhecidas como independentes por Putin;
  • Aproximação da Ucrânia com o Ocidente — a possibilidade do país fazer parte da Otan e da União Europeia;
  • Expansão da Otan no Leste Europeu — menção da organização em adicionar a Ucrânia e a Geórgia como países membros;
  • Ambição expansionista e revisionista de Putin — o presidente russo quer aumentar o seu poder de influência na região.

Relação histórica entre Ucrânia e Rússia

No início dos anos 1930, a Ucrânia, nação conhecida pelas terras férteis e grande produção de cereais, não tinha mais o que comer. O país não era independente e fazia parte da União Soviética.

Quando Lênin era o líder, nos primeiros anos da União Soviética, a Ucrânia até tinha certa autonomia. Mas quando Stalin assumiu o poder, ele determinou a criação forçada de fazendas coletivas. Mesmo os pequenos proprietários — que eram tolerados por Lênin — começaram a sofrer perseguição.

A estimativa é que, entre 1931 e 1934, cerca de quatro milhões de ucranianos tenham morrido de fome. Inclusive, os ucranianos têm um nome para esse período: “Holodomor” — genocídio pela fome. Mesmo as gerações que não viveram a época se sentem marcadas por ela.

Desde 1991, com o fim da União Soviética, a Ucrânia é um país independente. Mas as histórias do país e da Rússia se confundem. A Ucrânia é considerada o berço da Rússia moderna.

Conflitos no Leste

Quando os ucranianos depuseram seu presidente pró-Rússia no início de 2014, Moscou anexou a península da Crimeia, no sul da Ucrânia, e apoiou separatistas que capturaram duas grandes províncias no leste do país — Donetsk e Luhansk. O conflito no Leste, na região de Donbass, já custou mais de 14 mil vidas.

Conhecida como “bacia de Donbass“, a região é a mais importante fonte de energia e área industrial do país, segundo a “Encyclopedia of Ukraine”, portal criado por pesquisadores do Instituto Canadense de Estudos Ucranianos (CIUS). Ela se estende em boa parte na Ucrânia e um pouco pela Rússia.

Nesta região, o carvão é um dos produtos mais comercializados e produzidos, com indústrias altamente desenvolvidas, além de metalúrgicas e empresas diversas.

Na última segunda-feira (21), o presidente russo Vladimir Putin reconheceu a independência Donetsk e Luhansk, o que desrespeitaria um acordo de paz para o leste da Ucrânia, assinado em 2015.

Donbass é uma planície ondulada e contínua que tem altitude máxima de 369m, que facilita a movimentação de tropas. A região recebe mais chuva do que grande parte do país, o que permite o desenvolvimento de vegetação de estepe (com pouca presença de árvores).

Aproximação com o Ocidente

Há algum tempo que a Rússia resiste aos movimentos da Ucrânia de aproximação com instituições europeias, tanto a Otan como a União Europeia. A principal demanda do Kremlin é para que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se tornará membro da Otan, a aliança militar criada pelos Estados Unidos em 1949, durante a Guerra Fria, e que reúne 30 países.

Em 2008, a Otan disse que a Ucrânia e a Geórgia, ambas ex-repúblicas soviéticas, poderiam se unir à organização, mas sem dar detalhes de quando ou como isso poderia acontecer. Para Putin, a menção foi uma ameaça à Rússia.

No ano passado, o presidente russo escreveu um longo artigo descrevendo russos e ucranianos como “uma nação”. Ele descreveu o colapso da União Soviética, em dezembro de 1991, como a “desintegração da Rússia histórica” e considera que os atuais líderes ucranianos estão implementando um “projeto anti-Rússia”.

Putin também argumentou que, se a Ucrânia entrar na Otan, a aliança pode tentar recapturar a Crimeia.

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