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A conjuntura social e histórica em Papa Caça na época da Independência.
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| Foto Panorâmica De Bom Conselho |
No período antes da Independência o território de Bom Conselho era pouco habitado sendo uma fazenda de criação pertencente a Antônio Anselmo da Costa Vilela, que foi um dos iniciantes do povoamento. No entanto, a fazenda era bem desenvolvida mantendo relações comercias com varias cidades, principalmente com a cidade de Pilar (AL). A fazenda estava cercada por Quilombos e “Mocambos” (pequenos quilombos), entre os quais: Angico, Escorrego, Pata Choca (Rainha Isabel) e outros; mas existia uma certa cordialidade entre os quilombolas e os outros povoadores, garantindo até interações comerciais e escambos entre ambos.
O “Leão do Norte” (PE) rugiu pela Independência com a Revolução de 1817, e como represália Pernambuco perde a Comarca de Alagoas, por pouco o território de Papa caça não passa para a recém-criada capitania de AL, pois os Gomes de Azevedo (herdeiros da matriarca de Garanhuns Simôa Gomes) são contra anexação da área que corresponde ao atual Agreste Meridional à recém Capitania de AL. Há uma informação, de cunho não oficial, que se caso a anexação fosse efetivada, o marco de divisa seria o Riacho Lava Pés, ficando a rua do Corredor, e adjacentes pertencente à AL, e a partir do Mercado de carne com o centro era PE.
A expectativa sobre a Independência era grande em Papa Caça, pois chegam noticias de que a guerra para a realização da mesma já ocorria na Bahia muito antes de 1822, os ecos emancipatórios da revolução de 1817 eram ainda presentes. A Independência é efetivada, surgem indagações: Será que a Independência desfavoreceria o pujante crescimento da Papa Caça? Aumentariam os impostos à povoação? A cordialidade clandestina com os Quilombolas seria reprimida por D. Pedro I? E a escravidão seria abolida? Enfim a Independência pouco alterou Papa Caça sendo, boa parte, das respostas a essas indagações negativas, com exceção do vigente aumento de impostos.
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Desfile da Idependencia nos anos 80 : José Romildo, Edjaime Cardoso (microfone) Walmir Soares, Corália, Waldemar (BB) , Pita , Zito de Vigário e Manoel Lucena
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Essa Independência é celebrada, com muito fervor, há anos na nossa cidade, sendo capitaneada com belos desfiles feitos pelas escolas e outra instituições, com destaque para a Loja maçônica local, e as majestosas bandas marciais e de fanfarras. Vem em minhas lembranças de estudante do Frei Caetano, nos anos 90 e 2000, as ricas expressões de patriotismo, também presentes nas outras escolas; a fisionomia de preocupação e orgulho do então diretor “Dequinha” (Hildeberto Campos), que ao ver toda Avenida Marechal Deodoro tomada pelos alunos do Frei Caetano, ficava muito emocionado. Portanto a Independência marca a nossa História local, as indagações sobre a essência do 7 de setembro de hoje são diferentes das de outrora, onde a nossa Democracia é ameaçada por crises de diversas naturezas, que saibamos defender a Democracia e repudiar formas vãs de golpismo garantindo, desse modo a nossa real Independência.
*Por Vitor Gomes
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