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Ética no fazer jornalístico – a importância da checagem dos fatos

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“O público tem pressa”. A afirmação de Olavo Bilac nunca pareceu tão verdadeira como nos dias atuais, ainda mais no que diz respeito à prática do jornalismo. O pensamento guiado por esta sentença é dominante nas redações, o que muitas vezes prejudica ou até negligencia uma das atividades mais importantes da produção de notícias: a apuração dos fatos. Esta não só é uma conduta inerente à profissão, como também está prevista no artigo 7 do Código de Ética do Jornalista Brasileiro: “O compromisso fundamental do jornalista é com a verdade dos fatos e seu trabalho se pauta pela precisa apuração dos acontecimentos e sua divulgação”.
O filme “Ausência de Malícia”, dirigido por Sydney Pollack em 1981, ilustra de forma clara esta situação, e explicita as consequências da publicação de informações sem a preocupação com a veracidade dos fatos. Nele, a repórter Megan Carter, interpretada por Sally Field, entusiasmada com a divulgação de um aparente furo jornalístico, não ouve diferentes versões do acontecido, expõe o nome de uma fonte off – o que levou a seu suicídio -, além de marcar uma conversa informal com um entrevistado e ter gravado, com um microfone oculto, o que conversaram. Não satisfeita, publicou todos os “fatos” sem averiguá-los. O longa metragem pode ser considerado, portanto, como um “manual” de como não se comportar como um bom profissional.
Em contrapartida, o vencedor de quatro Oscar “Todos os Homens do Presidente”, de Alan J. Pakula, retrata condutas indispensáveis para todo jornalista que pretende exercer seu ofício com seriedade e comprometimento. O filme trata do escândalo de Watergate, ocorrido em Washington no ano de 1972, que em princípio, aparentava ser mais uma das notícias das páginas policiais. No entanto, graças a dedicação de dois repórteres, o caso tomou uma proporção inimaginada, culminando na deposição de Richard Nixon da presidência dos Estados Unidos. Os dois colegas, Carl Bernstein e Bob Woodward, interpretados por Dustin Hoffman e Robert Redford, respectivamente, ao contrário de Megan Carter, jamais revelaram ou confirmaram o nome de sua principal fonte off, o Garganta Profunda, mesmo após ele mesmo fazê-lo. Sem citar todas as técnicas de entrevista que utilizaram para deixar todos os entrevistados confortáveis e seguros para dar as informações necessárias à confirmação de todas as suspeitas.
Bernstein, em uma palestra dada na Univerdade da Pensylvania afirmou, categoricamente, que “[o jornalismo atual] estúpido e sensacional é mais importante que a verdade e a notícia”, o que comprova a imprescindibilidade da ética na prática jornalística. Sem esta, a má comunicação pode acarretar consequências irremediáveis a população, além de comprometer diretamente a credibilidade dos veículos de comunicação em âmbito mundial.
Por: Beatriz Ramires, Carolina Montalto e Laura Langanke
Alunas do 3º Semestre do Curso de Jornalismo
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