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Bispo auxiliar é suspenso de ordem após benção de casal homoafetivo

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Celebração realizada por Dom Fernando Pugliese, da Igreja Católica Brasileira
O bispo auxilar Dom Fernando Pugliese, da Igreja Católica Brasileira, foi afastado de suas funções sacerdotais após a realização de uma ‘benção religiosa’ – com efeito de casamento civil – para um casal homoafetivo na última sexta-feira, 23.
A decisão foi tomada pelo bispo diocesano em Maceió, Dom Rommel Galvão, e publicada pelo Governo Central da ICB no site oficial da instituição. No documento, a ICB destaca que “Dom Fernando Pugliese não tem nenhuma aprovação de nenhuma instância da Igreja Católica Apostólica Brasileira, nem mesmo tem amparo legal e de documentos que o outorgue direitos para levar a cabo esta cerimônia”.
Dom Galvão destacou que Dom Pugliese é considerado pela cúpula da igreja como um “grande teólogo e filosofo”, mas que ele não pode ir de encontro ao estatuto da organização que prega que casamento só pode ser realizado entre homem e mulher.
“Não podemos considerar como casamento, mas não sei informar qual foi o grau de oficialidade da cerimônia, se foi apenas uma benção religiosa, o que não pode, ou uma benção religiosa com efeito de casamento civil, ou até mesmo um casamento religioso”, destacou o bispo diocesano.
A decisão pegou de surpresa Dom Pugliese, que, segundo ele, ainda não foi comunicado oficialmente, muito menos nunca teve acesso ao Estatuto da ICB. Pelo telefone móvel, ele destacou que como sacerdote, bispo e servo, apenas seguiu os passos do fundador da Igreja Católica Brasileira, Dom Carlos Costa.
Ainda segundo Dom Pugliese, teologicamente o casamento entre pessoas do mesmo sexo não pode ser realizado, “mas nos esquecemos do espírito do nosso fundador que dizia que devemos seguir os sinais do nosso tempo, do progresso da república. Em sua época era inaceitável o casamento na igreja de pessoas divorciadas, mas ele acompanhou o avanço e o que diz a constituição”.
Para Dom Pugliese, negar o pedido do casal Otávio Oliveira e Alan Rocha seria um ato homofóbico. “A união estável é reconhecida e homofobia é crime e como tenho o espírito de Dom Carlos não podia negar essa benção de Deus para a felicidade do casal que já viviam juntos e precisavam do efeito religioso para se constituir como família”, destacou.
O assunto tem causado incômodo e, até mesmo, dor de cabeça para o bispo diocesano, Dom Galvão, e para sua família. “Minha esposa e meus filhos vêm recebem pressões de todos os lados, porque a sociedade não aceita o casamento de pessoas do mesmo sexo,” explicou.
Já para Dom Pugliese, “estou super tranquilo com a situação, me sinto orgulhoso por iniciar na Igreja Brasileira uma atitude que futuramente será realizada por todos os padres e bispos é só uma questão de tempo, pois tenho 61 anos de padre e já vi muita coisa e ainda verei”.

Ainda segundo Dom Galvão, o bispo auxiliar foi afastado de suas funções sacerdotais até a reunião do Superior Tribunal Eclesiásticos (STE), em julho, e após a decisão do Concílio Nacional da ICB.


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