Coluna Ensaio Geral: “O Senador Vitrúvio Guedes”

Ninguém em nossa cidade teve uma vida tão boa quanto o nosso amigo Vitrúvio Guedes, morreu com quase 95 anos, e foi daqueles que nunca esquentou a cabeça. Fumou, bebeu e namorou muito. Sempre de bom humor, levava a vida numa boa. Foi também vereador pelo o distrito de Lagoa de São José. O pessoal chamava-o de Senador e ele gostava de ser chamado de senador.

Vitrúvio era um dos alvos favoritos das brincadeiras de Algaci, pois era frequentador assíduo do Bar de Geo, onde Algaci tinha cadeira cativa.

Certa feita Algaci inventou uma estória com Vitrúvio –  conta Algaci que Vitrúvio foi visitar seu Valdemar Guedes em seu leito de doente, pois seu Valdemar era ainda parente dele, na hora da saída, Vitrúvio dar um abraço em seu Valdemar e vai saindo, é quando seu Valdemar começa a falar com a voz meu trôpega e apontando para o pulso, é quando o pessoal nota que ele estava querendo dizer que Vitrúvio tinha roubado seu relógio. Quando Vitrúvio soube da estória inventada por Algaci, foi tomar satisfação, o safado do Algaci disse – Vitrúvio este é um assunto para tratarmos no Bar de Geo, e ao chegar no Bar de Geo mandou colocar duas doses de Whisky e entre convença vai e whisky vem, terminou com os dois rindo e tudo terminou bem.

Certa feita Algaci resolve fazer outra presepada com Vitrúvio. Vitrúvio era funcionário público contratado pelo o governo de Judite Alapenha, então o safado do Algaci prepara um documento com o carimbo e tudo que tem direito, dizendo que Vitrúvio estava despedido, lacrou e mandou alguém entregar a ele, quando Vitrúvio abriu estava lá a carta de demissão, saiu correndo para a prefeitura, onde foi constatado que era falsa e que ele continuava empregado, pense no fuzuê que deu e terminou como da outra vez no Bar de Geo, entre doses e mais doses de whisky.

Vai aqui a minha homenagem a este grande amigo e bom-conselhense que se foi mais deixou muitas histórias.