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SAÚDE

Tomar vento gelado após um banho quente pode ‘entortar’ o rosto?

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A resposta para essa pergunta, com base nas evidências científicas disponíveis, é simples: não.

“Esse mito transcende o tempo, mas na verdade não há nenhuma relação de paralisia facial periférica com calor ou frio, nem com golpe de ar”, diz Arthur Menino Castilho, presidente da SBO (Sociedade Brasileira de Otologia) e membro da Aborl-CCF (Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial).

Essa paralisia é um distúrbio que acomete o nervo facial, mais precisamente o sétimo nervo craniano. Ele passa por um processo inflamatório até que “pare de funcionar” ou funcione mal — visualmente, fica “torto”, segundo o especialista. 

A paralisia de Bell, como também é conhecida, pode ocorrer por várias causas; por exemplo, infecções virais, doenças autoimunes e proliferativas, problemas oncológicos e traumas.

No caso das infecções virais, o vírus mais frequente é o da herpes, o mesmo que causa a herpes labial e genital, mas também o herpes zoster — responsável pela catapora e por quadros mais graves de PFP.

“Não sabemos por que algumas pessoas que têm o vírus da herpes acabam tendo paralisia facial, porque esse vírus é contaminante e praticamente todo mundo já teve contato com ele, mas é pequena a porcentagem que vai ter paralisia facial. Não sabemos ao certo o que faz esse vírus se reativar no nervo”, afirma Castilho.

A única relação, acrescenta o médico, é que os vírus dessa família preferem se replicar dentro do nervo, mas ainda há uma lacuna nos dados.

De forma geral, a paralisia facial periférica é um quadro súbito que evolui de três horas a 72 horas, mas pode haver alguns sinais que antecedem a visível mudança no rosto.

“Os pacientes apresentam fraqueza, habitualmente, de um dos lados da face. Além dessa fraqueza, pode haver também um desconforto, geralmente na região da mastoide [localizado atrás das orelhas]. Outros sintomas também podem existir”, complementa Eduardo Uchôa, neurologista e coordenador da regional centro-oeste da ABN (Academia Brasileira de Neurologia).

A PFP enfraquece os nervos tanto do andar de cima da face (dificuldade para fechar os olhos) quanto do de baixo (por exemplo, os da boca).

Segundo Uchôa, geralmente, a recuperação dos pacientes varia de algumas semanas a seis meses. Isso depende do tempo que a pessoa demorou para procurar ajuda médica e do grau de gravidade da paralisia.

“Ranqueamos essa paralisia facial em uma escala que varia de 1 a 6, em que 1 é normal e 6 é a paralisia completa. Se o paciente tem uma paralisia grau 6, a chance de ele ter sequelas é muito grande. Mas a maioria dos pacientes que têm paralisia de Bell não tem grau 6, mas sim 4 ou 3”, relata Castilho.


R7

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