COLUNA ENSAIO GERAL: CLÓVIS RODRIGUES GALVÃO

No dia 07 de março de 2022 perdi um grande amigo “CLÓVIS GALVÃO” embora fossemos de gerações diferentes, nos dávamos muito bem e fizemos muitas farras.

Nos anos 60, Clóvis tinha uma casa comercial na rua em que eu morava “JOAQUIM NABUCO”, lá ele vendia tudo que fosse referência para os sapateiros – couro, brocha, tinta, cola etc.

Nossa cidade nas décadas de 30,40,50 e 60 tinham pequenas empresas que fabricavam sapatos, isto mudou quando na década de 70 iniciou a industrialização na fabricação de sapatos no país.

O seu funcionário era Solingen Miranda, que tempos depois seria meu professor de EDUCAÇÃO FÍSICA E CIÊNCIAS.

Quase todos os dias eu dava uma passada na loja, pois eu gostava do cheiro do couro curtido e a conversar entre eles era boa de se ouvir, embora eu fosse muito jovem, aprendia muito com suas histórias.

Clóvis foi um dos maiores leitores que nossa cidade já teve, tinha uma boa bagagem cultural, era um verdadeiro autodidata.   

Clóvis foi por muitos anos dono do POSTO FREI CAETANO.

Clóvis foi um grande boêmio, uma mesa de bar com Clóvis, era uma mesa alegre, sempre com assunto. Eu gostava muito de beber com ele, era uma boa prosa.

O BAR E RESTAURANTE KENNEDY, era o nosso ponto de encontro, e o nosso eterno Gilvan Cordeiro (proprietário do Kennedy) assim que fechava as portas do restaurante nos fazia companhia, pois as nossas farras começavam de manhã e iam até a noite, eram momentos inesquecíveis de alegria e descontração.

Clóvis era torcedor doente do “SANTA CRUZ”, e este era um ponto de discursão entre nós, pois eu sou torcedor do “SPORT”.    Clóvis me chamava de XANDE, uma forma carinhosa de me chamar, e eu o chamava de RODRIGUES GALVÃO.

Para terminar devo dizer aos seus filhos: Elder, Luciano, Leonardo e Márcia e também a sua esposa Tiana, que ele vai deixar muitas saudades, descanse em paz meu amigo.