Todos os seres vivos, inclusive os do mundo vegetal, geram e eliminam algum tipo de resíduo, pois sua geração decorre do processo vital e de todas as suas atividades. Não existe órgão, máquina, ou aparelho tão perfeito que utilize toda a matéria e energia consumida. Nesse sentido, entende-se que resíduo não é, propriamente, um produto final, mas sim um estágio entre a matéria ou energia consumida e o destino final.
O homem, como todo ser vivo, também gera resíduos de suas atividades vitais. E basta que as pessoas se agrupem, formando uma comunidade, onde há uma troca de informações, relacionamentos e deslocamentos, para que a questão do destino a ser dado aos resíduos gerados por cada um passe a ser um problema em comum.
Em casos extremos, a falta de um sistema organizado ou a inoperância da limpeza urbana, da coleta e remoção do lixo chega a trazer problemas sérios para a saúde da população. Nos grandes centros, o destino final dos resíduos sólidos exige a participação mais efetiva das autoridades municipais, dos munícipes e da indústria, para se conseguir recolhimento, remoção, transporte, tratamento e disposição em condições de promover um alto padrão de qualidade de vida da população. Daí a necessidade de serem ensinadas nas escolas, e comunicadas às pessoas, em geral, as atitudes a serem tomadas por todos e a sua importância em relação ao meio ambiente e à saúde pública.
O gerenciamento da limpeza urbana e dos resíduos sólidos só tem um resultado eficiente quando se aplica ao planejamento de todas as atividades. Isto é, a primeira etapa do processo de limpeza compete ao cidadão; por isso esse precisa cuidar de acondicionar devidamente o lixo para a coleta. Se isso acontece, são resolvidas satisfatoriamente as etapas subsequentes, como a coleta, o transporte e o destino final. Da mesma forma, se a limpeza da cidade é feita e se a população, de maneira geral, colabora com sua conservação, o efetivo de pessoal pode ser minimizado.
“Não é uma tarefa simples nem dada a improvisos técnicos e administrativos. Em geral, depende de aspectos técnicos, jurídicos, econômicos, sociais e políticos, obrigando a profissionalização dos funcionários responsáveis pelo serviço, sejam do nível que for”, explica a professora Maeli Estrela Borges, do Curso CPT Gerenciamento de Limpeza Urbana.
Assim, o desafio da limpeza urbana não consiste apenas em manter limpas as ruas, as praças e as avenidas, mas, também, em coletar e dar destino adequado ao lixo urbano, cujo volume de produção cresce mais que a população.
Conforme o tamanho do município, do organograma adotado e da complexidade dos serviços, a administração da limpeza urbana pode ser feita por uma Secretaria Municipal, um Departamento ou uma Divisão de Serviços da Secretaria de Obras Públicas ou, ainda, uma Autarquia Municipal.
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